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Wendell Almeida nos leva para conhecer a bela Edimburgo, na Escócia

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Hoje temos o prazer de dividir com você na seção Minha Viagem o relato que recebemos do assessor jurídico do Tribunal de Justiça, Wendell Almeida, sobre a Escócia, que ele visitou recentemente. O país é encantador e as dicas abaixo preciosas para quem quer aproveitar o que de melhor a Escócia tem a oferecer. Obrigado, Wendell! Vamos viajar!

@rod_rocha
@agenteviaja
facebook.com/AGViaja

São muitas as histórias e filmes que têm a Escócia como cenário… lindo cenário, aliás. Apesar disso, não se pode afirmar que esse seja um dos destinos mais procurados pelos viajantes brasileiros, menos ainda pelos sergipanos.

Na verdade, eu, pessoalmente, nem sei se, caso não estivesse no Reino Unido, teria a iniciativa de visitar a Escócia. Mas o fato é que estava em Londres por quatro semanas e pensei que aproveitar três dias para visitar Edimburgo não me causaria arrependimento. Estava certo!!!

 

A bela vista do Castelo de Edimburgo / Foto: arquivo pessoal


Como ir

Saí de Londres numa manhã de sexta-feira, da Estação King’s Cross, num trem da EastCoast. Paguei £ 125 pelo bilhete de ida e volta e, após cinco horas de viagem, cheguei a Edimburgo, capital da Escócia, embora não seja a sua maior cidade (que é Glasgow).

Logicamente é possível fazer esse trecho de avião (com uma hora de viagem, aproximadamente), ou de ônibus (numa viagem de dez horas de duração). Contudo, na minha opinião, a viagem de trem, embora geralmente seja a mais cara das três opções, apresenta um bom custo/benefício, pois tem a vantagem de ser menos demorada que a de ônibus e oferece a chance de se ver lindas paisagens no trajeto, principalmente no inverno (período em que eu fui), quando é possível ver o horizonte todo coberto de neve.

Além disso, as estações de trem de chegada e partida estão localizadas no centro da cidade, evitando a necessidade de se deslocar para aeroportos distantes, aonde geralmente se precisa chegar com uma ou duas horas de antecedência do embarque.

As belezas de Edimburgo

Com meio milhão de habitantes, Edimburgo é uma cidade tranquila, sem aquele ritmo acelerado das grandes metrópoles. Um de seus traços mais marcantes é a arquitetura medieval, que é conservada até hoje, já que a parte velha da cidade (Old Town) foi tombada como patrimônio mundial pela UNESCO.

Dividida entre Old Town e New Town (onde estão os principais prédios comerciais e de arquitetura mais moderna), a cidade tem uma beleza diferente, capaz de fazer o visitante se sentir num filme, esperando que a qualquer momento William Wallace (guerreiro escocês que impôs resistência à dominação inglesa na época do Rei Eduardo I, interpretado nos cinemas pelo ator Mel Gibson, em “Coração Valente”) apareça com o rosto pintado de branco e azul, segurando sua espada.

 

"A cidade tem uma beleza diferente, capaz de fazer o visitante se sentir num filme como Coração Valente" / Foto: arquivo pessoal

 

Consultando um mapa turístico da cidade, é possível perceber que basicamente todas as principais atrações de Edimburgo se concentram em Old Town, nos arredores da Royal Mile (a rua principal), ou da High Street, que vai desde o Castelo de Edimburgo até o Palácio de Holyrood (residência oficial da Rainha Elizabeth quando está na Escócia, geralmente no verão). Portanto, dá para conhecer tudo a pé, curtindo todo o charme da arquitetura local, que é uma atração à parte.

Quem curte museu, deve visitar o National Museum of Scotland, que possui uma relevante coleção de objetos de várias partes do mundo e onde é possível conhecer também um pouco da história do país. Fica na esquina da Chambers Street com a Forrest Road.

 

O Castelo de Edimburgo, a principal atração turística da cidade / Foto: arquivo pessoal

 

O Castelo de Edimburgo é, sem dúvida, a principal atração da cidade. É um complexo com vários prédios e, por isso, demanda um certo tempo (duas horas, eu recomendo) para ser completamente visitado. O passeio é válido para todos e a vista da cidade lá de cima é impagável. Dentro do castelo há um pequeno museu com bonecos de cera, onde se pode conhecer um pouco da história do local. A entrada custa £ 14,20 para adultos, com descontos para menores de 16 (dezesseis) e maiores de 60 (sessenta) anos de idade. Cartões de crédito são aceitos na bilheteria e há uma cafeteria deliciosa em um dos pátios do castelo.

Para comprar, comer e se divertir

Boas compras podem ser feitas na Princess Street, de onde é possível fazer ótimas fotos com o Castelo de Edimburgo e outros prédios turísticos ao fundo. Uma loja nesta rua merece atenção especial: a “Primark”. Tem roupas e acessórios de qualidade razoável com preços incrivelmente baixos. Trata-se de uma rede com lojas espalhadas por toda a Europa. Quem tiver um tempinho para “garimpar”, poderá fazer boas aquisições.

Depois de caminhar toda a Royal Mile, vale a pena subir até o Carlton Hill, uma montanha onde se encontram três monumentos lindos: o Monumento Nacional da Escócia, Monumento de Dugald Stewart e o Monumento de Nelson, umas ruínas que lembram muito a Acrópole de Atenas.

Ainda na Royal Mile, encontra-se a Elephant House, uma lanchonete famosa (e cara), conhecida por ter sido um dos locais onde J. K. Rolling costumava sentar para escrever as histórias de Harry Potter. Grassmarket é uma rua onde estão localizados vários restaurantes e os pubs mais badalados da cidade. Uma sugestão de pub muito boa é o “Frankstein” (26, George IV Bridge). Local super animado, com frequentadores acima dos 30 anos e que costumam ir logo cedo, após o expediente de trabalho, para um happy hour.

 

High Street / Foto: arquivo pessoal

 

Os escoceses são surpreendentemente alegres e irreverentes. Eu achava que o uso de kilts (aquelas saias de estampa xadrez) fosse reservado a ocasiões folclóricas ou cerimônias oficiais, mas não. É comum ver homens usando kilts nas ruas e, principalmente em pubs.
Na balada homens e mulheres parecem enlouquecidos.

Sempre sorridentes, bebem muito, falam alto, cantam e dançam de forma espontânea (ok, alguns diriam esquisita). Abordam as pessoas por quem estão interessadas sem qualquer pudor. Quando você se dá conta, já arrumou um amigo escocês de infância. Se são animados assim no inverno, imagino o que fazem no verão, quando, segundo dizem, um clima de alegria e entusiasmo toma conta do país.

Para os amantes do whisky, existe um tour chamado “The Whisky Experience” (354 Castlehill, The Royal Mile). Custa de £ 12,75 a £ 52 (a depender da duração). Além de degustar a bebida, aprende-se como ela se tornou o principal produto de exportação escocês.

Onde se hospedar

A cidade é servida de ótimos hotéis e albergues para todos os gostos e bolsos. Eu me hospedei no Hotel Central. É um três estrelas, localizado em Old Town (139, Cowgate Road), com diárias a partir de £ 69 (para duas pessoas). O café da manhã não é incluído na diária, mas é servido por preços que variam de acordo com a opção do hóspede (de café continental até pratos a “la carte”). O melhor desse hotel é que tem um pub maravilhoso integrado ao seu prédio, chamado “The Three Sisters”. Funciona até 1h da manhã e é muito animado.

Para quem prefere algo mais barato e, por conseguinte, menos confortável, uns amigos meus ficaram num albergue localizado em frente, chamado Cowgate Hostel, com diárias a partir de £ 11 por pessoa, em apto sêxtuplo compartilhado. Com as cautelas e expectativa adequadas, a hospedagem em albergue pode ser uma ótima opção de economia.

Roteiros imperdíveis

Já que estamos na Escócia, não se pode perder a oportunidade de visitar as Highlands (terras altas) – cenário do conhecido filme Highlander, que conta a história do imortal guerreiro escocês Connor MacLeod. Partindo de Edimburgo, é possível fazer uma day trip pelas Highlands com destino ao Lago Ness, pelo valor de £ 46 (www.grayline.com). Esses roteiros duram aproximadamente doze horas, portanto, reserve um dia inteiro para fazê-lo.

Aqui o roteiro das Highlands / Foto: arquivo pessoal

 

Paisagens lindas são a atração principal deste passeio. Castelos, pontes, montanhas e planaltos com lindas vistas estão no caminho e os ônibus de turismo obviamente fazem paradas em locais estratégicos para viabilizar fotos maravilhosas. Uma parada é feita na margem do Lago Ness localizada no vilarejo de Fort Augustus, onde há ótimos restaurantes para comer um prato típico escocês (marisco), ou um tradicional “fish and chips” inglês. Dali, um mini cruzeiro de uma hora de duração sai pelo famoso Lago Ness (um dos maiores do mundo), em busca do lendário monstro. O valor deste cruzeiro é em torno de £ 12.

Lógico que Edimburgo não é só isso. Como dos três dias que tinha disponíveis na cidade eu gastei um dia inteiro para fazer a day trip pelas Highlands, deixei de conhecer alguns pontos muito recomendados por sites e blogs de viagens. Mesmo assim, no final das contas, acho que acabei fazendo um bom apanhado do melhor que a cidade (e redondezas) tem para oferecer.

 

O Lago Ness, famoso por "abrigar um monstro" / Foto: arquivo pessoal

 

Portanto, recomendo que, caso esteja no Reino Unido e tenha alguns dias sobrando em seu roteiro, visite a Escócia e deixe-se surpreender com esse cenário de lendas e histórias incríveis. Aposto que você não irá se arrepender!

DICAS PRÁTICAS

Moeda – a moeda na Escócia é a libra esterlina (£). Notas e moedas da Inglaterra são aceitas lá. Mas o contrário quase nunca se aplica. Portanto, se de lá você for para Londres ou outro lugar da Inglaterra, será necessário trocar as notas num banco. A dica é tentar não ter notas escocesas sobrando.

Transporte – em Old Town (cidade velha) dá pra fazer absolutamente tudo a pé. Economiza-se dinheiro com taxi, evita-se pegar ônibus errados e ainda aproveita para admirar os lindos cenários da cidade. Se for necessário pegar taxi, em Edimburgo existem os “black cabs” tradicionais ingleses. Os preços não são altos.

Chuva – chove-se muito em Edimburgo, principalmente no inverno. Portanto, ter um guarda-chuva na mochila é essencial.

Sapatos – a cidade é cheia de ladeiras e escadarias. Por isso, um sapato confortável será motivo de agradecimentos no final do dia.


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